Petróleo volta a superar US$ 80 em Nova York após queda nos estoques dos EUA

Qua, 04 Nov, 07h40

SÃO PAULO - As cotações de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (4), recebendo suporte da queda do dólar frente as principais divisas internacionais e de um relatório do governo dos EUA que apontou uma retração nos estoques da commodity no país.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, encerrou o pregão cotada a US$ 78,89, com alta de 0,99% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em dezembro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, encerrou a US$ 80,40 por barril, com alta de 1%.

Estoques nos EUA

A alta dos preços de óleo bruto foi influenciada pela notícia de que os estoques norte-americanos de petróleo caíram 4 milhões de barris entre as semanas terminadas em 23 e 30 de outubro. Analistas esperavam aumento de 1,5 milhão de barris, conforme levantamento da agência Bloomberg.

Fed

Os mercados estiveram atentos ao fluxo de notícias dos EUA nesta quarta-feira, por conta do fim da reunião da cúpula do Fed, que decidiu manter, pela sétima vez consecutiva, a taxa básica de juro do país na faixa entre 0,0% e 0,25% ao ano.

Segundo o banco central norte-americano, a atividade econômica segue mostrando sinais de melhora - e apesar das expectativas de que a economia continue fraca por um período de tempo, o Fed espera que as políticas de estabilização do mercado financeiro e das instituições, assim como estímulos fiscais e monetários, aliados a forças do próprio mercado, "ajam como suporte para o fortalecimento do crescimento econômico, e um retorno gradual a níveis mais altos de utilização de recursos e estabilização de preços".

Vale lembrar que os EUA são o maior consumidor global de petróleo, seguidos pela China. Assim, perspectivas para o cenário econômico norte-americano influenciam diretamente as projeções de consumo da commodity.

Dólar

Por fim, as cotações também foram suportadas pela queda do dólar na comparação com as divisas globais, o que geralmente se traduz em pressão de alta nos preços das commodities por conta da compensação cambial, uma vez que estes são expressos nesta divisa.

Além disso, investidores tendem a migrar suas aplicações para alternativas mais rentáveis, como é o caso das matérias-primas nesta quarta-feira.